O que é a ozonioterapia? De acordo com o médico Arnoldo de Souza, presidente da Associação Brasileira de ozonioterapia (Aboz), a técnica existe há mais de um século, tendo sido iniciada na Alemanha. “O ozônio, ao entrar em contato com os fluidos humanos, gera reações que melhoram a circulação, alteram o metabolismo e melhoram o processo de combate aos radicais livres”, explicou.
Segundo o médico, a estimulação do organismo através da oxidação do ozônio garante mais força imunitária ao paciente, o que controla os processos inflamatórios e atua como forte germicida. De acordo com a associação, o ozônio medicinal pode ser indicado para o tratamento de:
• Problemas circulatórios;
• Diversas doenças e condições do paciente idoso;
• Doenças causadas por vírus, tais como hepatites, Herpes simples e Herpes zoster;
• Feridas infectadas quaisquer, inflamadas, de difícil cicatrização, como úlceras nas pernas, de origem vascular, arterial ou venosas (varizes), úlceras por insuficiência arterial, úlcera diabética, risco de gangrena;
• Colites e outras inflamações intestinais crônicas;
• Queimaduras;
• Hérnia de disco, protrusão discal, dores lombares;
• Dores articulares decorrentes de doenças inflamatórias crônicas;
• Imunoativação geral;
• Como terapia complementar para vários tipos de câncer.
APLICAÇÃO
O ozônio pode ser aplicado de diversas maneiras, como por via venosa (em mistura com o sangue) ou quando você colhe o sangue e aplica no músculo misturado ao elemento. Além disso, em tratamentos para coluna, por exemplo, a aplicação pode ser feita de forma local na região lombar.
De acordo com Arnoldo, a Ozonioterapia é praticamente isenta de efeitos colaterais, desde que aplicada corretamente.
PRECAUÇÕES
É importante saber que somente profissionais capacitados podem indicar a dosagem e a via correta de aplicação da ozonioterapia.
Além disso, o ozônio é um gás altamente instável e nocivo se inalado, necessitando ser gerado de forma precisa com equipamentos específicos, no local do uso.
CONTRAINDICAÇÕES
A principal contraindicação é a deficiência da enzima Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD), conhecida como favismo, em função do risco de hemólise.
Em casos de hipertireoidismo descompensado, diabetes mellitus descompensado, hipertensão arterial severa descompensada e anemia grave, é necessário que a estabilização clínica dessas situações seja realizada previamente à aplicação da ozonioterapia.